Pernambuco e Bahia estão entre os estados mais afetados.
Enquanto algumas regiões do país ainda não se recuperaram da tragédia das chuvas, um levantamento feito com todas as Defesas Civis do Brasil revela que 123 municípios do Nordeste decretaram estado de emergência por causa da seca. Apesar de o cenário exigir atenção dos órgãos responsáveis, as Defesas Civis estaduais, aparentemente, não mantêm diálogo direto e eficaz com a Secretaria Nacional de Defesa Civil. Enquanto a Secretaria Nacional registra cinco municípios cearenses com decreto de estado de emergência em análise e nenhum com a situação reconhecida, o órgão estadual afirma que já são 85.
Independentemente da disparidade dos números, as Defesas Civis estaduais tentam amenizar a situação nos locais afetados. Uma das soluções encontradas foi a parceria com o Exército para fornecimento água no Nordeste, medida batizada de Operação Pipa. Durante essa semana, o 72º Bimtz informou que estaria cumprindo o calendário de distribuição de água no Vale do São Francisco normalmente – apesar da demora do repasse de verbas do Governo Estadual.
Meteorologistas esclarecem que, embora os estados nordestinos estejam entre os locais que sofrem com a seca, foi o índice de chuvas abaixo do esperado em 2010 que agravou a situação no início de 2011. As áreas mais afetadas estão a oeste de Sergipe, Alagoas e Pernambuco, que tem, ainda, seca no sertão. O norte da Bahia e o sul do Ceará passam por situação complicada. A região, que costuma registrar 800 milímetros de chuva por ano, teve, em média, 400mm no ano passado. O excesso de chuva (em especial a zona da mata e o litoral), somado às tradicionais estiagens do sertão, fizeram com que o número de decretos de emergência e de situação de calamidade pública de municípios do Nordeste batesse recorde no ano passado, com 792 registros.
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