PROPAGANDA POLÍTICA EM BUÍQUE

Manifestações conscientes ou não, o certo é que em mais um ano eleitoral já começam a aparecer nos vidros dos carros que circulam pela cidade, adesivos com nomes de pessoas ou de possíveis candidatos às eleições do amo que vem. Os políticos, de certa forma, estão colocando o bloco na rua. Seria o início antecipado da campanha? A resolução para as eleições inda não foi publicada e só é permitida a propaganda a partir de julho de 2012.

Admiradores e seguidores de alguns políticos entendem que os adesivos impulsionam as chances dos candidatos e favorecem a decisão dos eleitores. Em toda a cidade, o número de veículos que indicam uma alusão antecipada a possíveis candidaturas tem crescido. Mas o que muitos desconhecem é que o período para esse tipo de campanha ainda não começou.

Pré-candidatos se aproveitam da falta de fiscalização para driblar a Justiça Eleitoral e estampar propaganda nos vidros dos carros. A maioria dos adesivos fixados nos veículos traz apenas nomes ou slogans de ilustres e desconhecidos do eleitorado que estão com pressa para tentar sair do anonimato até o mês de outubro de 2012.

Segundo o advogado Dr. Manoel Modesto, o código eleitoral pune somente as propagandas explícitas, com indícios de campanha. “Ainda não está autorizada nenhum tipo de propaganda, mas se a Justiça Eleitoral entender que os adesivos nos carros estão de forma abusiva é passível de punição, caso contrário é visto com certa tolerância.

Já vi pela cidade alguns adesivos, mas nada tão comprometedor”, nesses casos, divulgação de nomes, o que por si só não configura pedido de voto.

Os adesivos fazem alusão a nomes e criam certa expectativa com frases do tipo “fulano vem aí” ou “sou independente em 2012” acompanhado de foto do possível candidato, mas a tipificação da propaganda eleitoral exige que haja induvidosa intenção de revelar ao eleitorado o cargo político a que se almeja ou a ação política que se pretende.

É aguardar e ver no que vai dar, esperamos que alguma providência seja tomada por parte de Presidentes dos partidos desta cidade. “Caso a propaganda seja realmente irregular”.

Texto: Francisco Carlos

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