Por Manoel Guimarães
Com o início do mês de junho, o fator tempo começa a bater na porta dos partidos que se envolverão nas eleições municipais de 2012. Faltando um ano para o mês das convenções, quando as candidaturas serão oficializadas, os agentes políticos já começam a se movimentar. Embora ressaltem que não há pressa, as situações que serão vistas no ano que vem já começam a tormar corpo nos bastidores agora. Mesmo que seja cedo, a orientação dos dirigentes partidários é deixar as portas abertas para todas as situações - o que, na prática, significa a criação, a manutenção ou até o rompimento de alianças. Nesse prisma, a Folha de Pernambuco inicia, hoje, uma série sobre a conjuntura nos principais municípios do Estado. E o Recife, capital pernambucana, onde a política encontra-se fervilhando, é o tema da primeira das nove reportagens. Amanhã, a disputa em Jaboatão dos Guararapes ganhará destaque.
Rompidos desde 2009, o prefeito João da Costa e seu antecessor João Paulo estão no cento do debate no Recife. Todas as eventuais candidaturas na Frente Popular passam pela resolução de questões relacionadas aos dois Joões. Eleito em primeiro turno em outubro de 2008, com 432.707, João da Costa encara uma gestão com dificuldades e cobranças de todos os lados. A um ano da convenção, ele não tem a garantia do PT de que será o cabeça-de-chapa do partido. João Paulo, por outro lado, enfrenta certo isolamento no partido, e chegou a deixar em aberto a possibilidade de deixar o PT. Prontamente, legendas como PTB, PDT, PCdoB, PV e até o oposicionista PMDB se ofereceram para abrigar o deputado.
Pesquisas do Instituto Datafolha, divulgadas em junho e dezembro do ano passado, colocaram a gestão João da Costa em xeque. Nesses relatórios, a aprovação da administração do petista caiu de 30% para 24%. O fogo amigo de aliados também tem contribuído contra o gestor, que passou três meses de licença médica - passou por um transplante de rim - e retornou em janeiro deste ano, disposto a “mudar o quadro” negativo
Por: Buíque & Cia