E
O JACARÉ DE BUÍQUE, HEM?
Dá
para se acreditar que a derrota anunciada do "velho jacaré",
Arquimedes Valença, em Buíque, da mesma forma, só não via quem não queria, que
ele seria derrotado por uma grande margem de diferença de votos. Ora minha
gente, se de canto à canto do município só se via bandeira amarela, forte
indicativo da tendência do eleitor, bem melhor do que as pesquisas eleitorais
científicas do Paraguai, então como apostar o contrário, se de bandeira
vermelha só mesmo em maior intensidade na região da Ribeira, de São Domingos e
no Tanque, onde ele tem um certo domínio. Então camaradas, por isso mesmo, ele
só ganhou nos seus redutos, justamente em São Domingos, assim mesmo, bem abaixo
da média que sempre vence e no Povoado do Tanque. Nos demais distritos e
povoados, levou de lapada. Só assim ele acreditou que foi derrotado mesmo e
olha, que ele sofreu na pele, o mesmo sofrimento que ele impôs a Blésman
Modesto no ano de 2000, ou será que foi diferente?
O
CHORO DA RESSACA DOS DERROTADOS
O
pior da política, não é o seu período que antecede às eleições, mas sim, a
ressaca que vem depois que o sujeito é derrotado. São contas para pagar, bens
penhorados nas mãos de agiotas, que não contemplam ninguém, tampouco perdoam
dívidas e estas, de uma forma ou de outra, tem que ser pagas pela proa, senão a
coisa fica preta para o devedor. Quer dizer, para quem perde, a ressaca braba
mesmo é o político cair em desgraça, pois além de ser derrotado, tem que
enfrentar o saldo de dívidas de campanha, que jamais batem com o valor
declarado da previsão de gastos nas previsões convencionais e, em muitos casos,
o sujeito fica praticamente de esmola, se é que, quando esteve no poder, não
deixou alguns bens em nome de alguns laranjas ou familiares. Caso contrário
camaradas, a vaca vai pro brejo mesmo ou o jacaré vai ter que amargar a
fedorenta lagoa, esta é a verdade. No jogo político, o lascado mesmo, é quem
perde, pois a ressaca pode durar por muito tempo.