Em Ipojuca, não foram apenas dois jet-skis de propriedade do município que sumiram na farra feita com o dinheiro e os bens públicos promovida pela gestão do ex-prefeito Pedro Serafim (PDT).
Segundo levantamento preliminar, já em poder da nova gestão, sob o comando do tucano Carlos Santana, 145 automóveis, entre carros de passeio, motos e caminhões, ainda não foram identificados.
Alguns já foram vistos circulando em municípios próximos, como Vitória de Santo Antão, Olinda e Recife. Da frota que restou, boa parte está inutilizada devido ao vandalismo – os automóveis foram depenados e abandonados pelas ruas da cidade. Igualmente, dezenas de ambulâncias foram sucateadas e estão sem condições de funcionamento.
Vidros foram quebrados, pneus, motores e até as baterias dos automóveis foram furtadas. Todas as informações dos computadores da Prefeitura simplesmente sumiram. Uma semana se passou desde a posse do prefeito e, até agora, nada se sabe a respeito dos valores remanescentes nos cofres públicos.
De acordo com informações levantadas pela equipe do prefeito, três contratos celebrados para execução de programas sociais no município - como o Dentista em Casa e o Xô, Dengue! - estão sendo auditados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) com suspeita de fraude em suas elaborações. A verba destinada aos projetos - R$ 3 milhões – já teria sido repassada, mas até agora, os projetos sequer saíram do papel.
O contrato do transporte escolar também apresenta irregularidades quanto aos valores cobrados. De acordo com Carlos Santana, a empresa que presta os serviços para Ipojuca é a mesma conveniada à Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, mas a quantia arrecadada por quilômetro rodado é de R$ 12 em Ipojuca, a administração jaboatonense paga cerca de R$ 4, três vezes menos do que Ipojuca.
O quadro da saúde infelizmente não é diferente. A técnica de enfermagem Maria Rosa dos Santos trabalha no Hospital e Maternidade Santo Cristo, no centro da cidade, e se diz indignada com tamanho descaso. “Há mais de 10 anos vivemos nesta mesma situação. Até o reboco do teto já caiu na minha cabeça”, disse.
Os quartos onde médicos e enfermeiros repousam após as longas jornadas de trabalho estão tomados pelo mofo. O mau cheiro no local é de embrulhar o estômago.
Os leitos destinados aos pacientes estão completamente ocupados por caixotes e entulhos, enquanto macas e colchões estão esquecidos em uma das garagens do prédio.
Com informação Blog do Magno
Virgínia Gonzaga
Da equipe do blog
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