Nesta
manhã publico mais um soneto de minha autoria, escrito na época que cursava
letras, na Faculdade de Formação de Professores de Arcoverde.
Percebe-se, nesse soneto a forte influência
política que a faculdade desperta nos seus alunos, o que de fato ocorreu, de
forma que não foi apenas o título que publico hoje, mas outros que serão
publicados oportunamente.
Apesar dessa influência, como todos que
me conhecem podem perceber, nunca fui simpatizante da política partidária.
Nunca tive pretensão nem simpatia com essa seara, que considero um verdadeiro
“campo minado”. A única coisa que desejo nesse aspecto é boa sorte e um bom
governo para os que estão à frente do nosso executivo, como sempre fiz com os
que ocuparam por um espaço de tempo a cadeira mais cobiçada do município.
Esse comportamento não é de hoje, desde os
tenros tempos de criança, sempre fui avesso a política, principalmente quando
me tornei adulto. Apesar de respeitar todos os líderes políticos do município,
nunca fui de subir em palanques para defender com unhas de dentes qualquer
candidato. A única vez que fiz isso, foi nas eleições quando meu amigo Vanaldo
Pereira, o popular "Doutor de Zezinho Dentista" foi candidato. Por
acreditar no seu projeto ainda subi no palanque uma única vez e fiz um discurso
defendendo o seu nome, que infelizmente não decolou. Digo infelizmente porque
acredito que com a seriedade, capacidade, e acima de tudo, a honestidade de Dr.
Vanaldo, meu amigo de infância, ele faria um ótimo governo.
Afora essa única vez, nunca me aventurei
nesse “campo de guerra”, e como o leitor pode conferir no meu livro “AS JANELAS
DO SOBRADO”, tenho respeito por todos os líderes que governaram o município,
mesmo discordando em alguns pontos de suas administrações. Tanto é assim que
procurei dar espaço na referida obra a todos eles, sem nenhuma discriminação.
Quer conferir, adquira o livro na loja AQUARELA (ainda tem alguns volumes), e
verá que todos os líderes políticos locais tiveram espaço reservado e foram convidados
para o lançamento. Sempre fui e pretendo continuar assim. Algumas discordâncias
até podemos ter, mas o respeito ao ser humano sempre está acima de tudo.
Mas,
vamos ao soneto, que considero mais interessante:
Reagindo
Paulo Tarciso
Como José
de Drumond
Está o
nosso país
O povo está
infeliz
Correr não
sabe pra onde.
Bandeira
tinha razão
Pra
Pasárgada se mudar
Ser feliz
n’outro lugar
Aqui não
tem condição.
Mas o nosso
povo é forte
Qualquer
hora vai gritar
Brigar sem
medo da morte.
Quando a
massa reagir
Com Voz,
suor e ação
Liberdade
há de vir.
*Soneto
escrito em 05.05.1989, publicado no Jornal de Arcoverde em 31.05.1989
De Paulo Taciso - por Buíque & Cia
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