segunda-feira, 11 de novembro de 2013

MORADORES PROTESTAM CONTRA OBRA DA TRANSNORDESTINA EM ARCOVERDE

“Moradores temem ficar isolados do resto da cidade. Obras que já duram cerca de dois anos diminuiu acesso ao bairro e micro empresas instaladas às margens da BR, estão fechando as portas”, centenas de moradores dos bairros do Cruzeiro e de Sucupira, em Arcoverde-PE no sertão do estado, realizaram um protesto na manhã de hoje (11), contra as obras da Transnordestina. 

A manifestação foi realizada de forma pacífica e contou a participação dos moradores que queimaram pneus e bloquearam a BR por alguns minutos. A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, o GATI, a vereadora Célia Cardoso e um Procurador Estadual estiveram presentes e conversaram com os moradores. 

De acordo com o projeto, parte da BR 232, foi retirada para construir uma linha férrea e posteriormente reconstruir a BR. A obra que já dura cerca de dois anos está em sua fase final e uma mudança no projeto inicial irritou os moradores. Se a mudança for mantida, haverá um desnível de cerca de 50 cm entre a BR e as ruas, impossibilitando o trajeto de veículos e pessoas, que terão de utilizar um retorno bem distante do que existia antes do início da obra.
Segundo Roberto Cavalcanti, diretor da Associação Aliança, entidade representativa do bairro, a insatisfação da comunidade se deu não só pelo transtorno da obra, mas pela falta de diálogo entre empresa e a comunidade. “No início, a empresa fez reuniões conosco e com os moradores para apresentar o projeto, prometendo inclusive ações sócio assistenciais no bairro, até para minimizar os impactos e transtornos da obra. Mas, na realidade, o bairro do Sucupira está isolado do resto da cidade e o acesso aos serviços de segurança, viaturas, ambulâncias e transporte escolar é prejudicado. Com essa limitação de acesso e a construção desse retorno distante do que existia anteriormente, cremos que haverá desvalorização dos imóveis na área. Os moradores querem que seja mantido o acesso do bairro Sucupira pela Rua José Ferreira de Lima até a José de Siqueira Brito, que dá acesso ao Hospital e ao centro da cidade ” – justifica.

Prejuízos - Os impactos negativos da obra que já se arrasta há cerca de dois anos, é bastante visível. O posto de gasolina, os dois hotéis, uma churrascaria e dezenas de mercadinhos, bares e borracharias, que margeiam a BR, ficarão isolados, com a construção desse retorno. Muitos estabelecimentos já fecharam as portas.

Discussão na Câmara de Vereadores - Presente ao protesto, a vereadora Célia Cardoso (PR) que reside no bairro, promete mobilizar o Legislativo para cobrar da empresa um posição. Também já entrou em contato com a prefeita Madalena Brito, (PTB), que também irá tentar negociar uma solução para o problema. Os moradores do bairro estão se mobilizando para participar da reunião legislativa na noite de hoje (11).  Blog: O Povo com a Notícia

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