Ossos do imperador foram retirados de cripta em São Paulo. Foto: Valter Diogo Muniz/Divulgação |
Uma pesquisa realizada pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP) exumou os restos mortais de Dom Pedro I.A dissertação de mestrado de Valdirene do Carmo Ambiel busca investigar, por meio de constatações arqueológicas, a vida do imperador e suas duas esposas, D. Amélia e D. Leopoldina.
A pesquisa alia história, arqueologia e tecnologia e revela importantes detalhes sobre a vida do herói da independência. Valdirene espera conseguir detalhes mais precisos das características físicas de D. Pedro I e suas duas esposas.
Entre as principais descobertas estão três costelas quebradas no esqueleto de Dom Pedro I, provavelmente decorrentes de suas conhecidas quedas de cavalo. O imperador, que morreu de tuberculose em setembro de 1834, com 35 anos, teve um dos pulmões praticamente inutilizado por uma das fraturas. Também descobriu-se que ele foi enterrado como um general português, sem qualquer referência às Forças Armadas do Brasil nas vestes. O imperador morreu em Portugal.
Nos restos mortais da imperatriz Leopoldina (1797-1826) não foram encontradas fraturas, o que descarta uma crença antiga de que ela tivesse morrido ao ser empurrada de uma escada por Dom Pedro.
Mas foi a análise do corpo da imperatriz Amélia (1812-1873) que rendeu a maior surpresa. O cadáver está mumificado, com cabelos, unhas e cílios preservados.