O estampido de um tiro provocou tumulto e suspendeu a eleição para escolha do novo desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas na manhã desta terça-feira (22). De acordo com informações apuradas no local, um policial militar, identificado como sargento José da Silva, 45 anos, teria atirado na própria cabeça, na rampa que dá acesso ao Pleno do TJ/AL. Silva foi socorrido por funcionários que estavam na sede do tribunal, no Centro, e encaminhado em um carro particular para o Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra.
A informação de tentativa de suicídio foi confirmada por servidores do próprio Tribunal, que teriam presenciado a ação do militar.
Após ser baleada, a vítima foi levada ao HGE, em um veículo modelo Polo. Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada, mas, quando chegou ao local, o militar já havia sido socorrido.
Informações passadas por testemunhas dão conta de que o tiro atingiu a testa e saiu por trás da cabeça. De acordo com o desembargador Tutmés Airan, o militar teria falado em sequestro. "Ele falou que a mulher e o filho tinham sido sequestrados, mas isso não foi confirmado porque o filho trabalha no Tribunal e está aqui", disse Tutmés.
De acordo com colegas de farda, sargento Silva passa por problemas psicológicos e pessoais. Após o ocorrido, o militar afirmava que "era inocente e que estava pagando sem dever, mas só queria os filhos bem". A vítima trabalhava como agente de segurança do desembargador João Luiz Azevedo Lessa.
Os desembargadores chegaram a discutir a retomada da sessão para a escolha do novo desembargador. Washington Luiz divergia dos demais pares, alegando "ser necessário o retorno das atividades". Já o desembargador João Luiz citou que a sessão "deveria ser suspensa porque o caso envolveu um colega". A desembargadora Elisabeth Carvalho pediu a palavra e disse que o Pleno não poderia agir com indiferença ao fato ocorrido e disse ainda estar chocada. Ao final do debate, a Corte decidiu pelo encerramento das atividades.
Estado de saúde
A assessoria de comunicação do HGE informou ao portal Gazetaweb que o militar foi submetido a um raio-X e, em seguida, retornou à área vermelha. A equipe médica alegou que o disparo foi de raspão, visto que não foi encontrado nenhum projétil alojado na cabeça do paciente. No momento, ele é avaliado por um buco-maxilar e um oftalmologista, e aguarda a chegada de um neurocirurgião.
Copiado do Giro Social B
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