Fome e miséria são uma “marca lamentável na entrada do século 21” e significam “uma vergonha para a humanidade”. As declarações são do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, para quem a realização de campanhas públicas em prol da segurança alimentar nos países mais pobres é uma causa que precisa ser abraçada.
O ministro participou ontem (16) do Seminário sobre Aquisição Pública de Alimentos da Agricultura Familiar, que reúne desde o dia 15, em Brasília, representantes de países do Mercosul, da África e da Índia interessados em conhecer a iniciativa pioneira do Brasil nessa área.
Segundo Cassel, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Agricultura Familiar, gerido pelo ministério, garante uma organização estrutural do setor produtivo e funciona bem como estratégia emergencial, garantindo preços melhores dos produtos e a formação de estoques reguladores.
O representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Nutrição (FAO) para a América Latina e o Caribe José Graziano sugeriu inovações no PAA, tais como a possibilidade de fazer compras antecipadas. Isso, segundo ele, poderia baratear custos para os produtores familiares. Para ele, o PAA propicia “organização social e política no país e evita desvio de recursos, por ser gerido pelo governo federal e não pelos executivos municipais e estaduais”.
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