Multidão lota o salão de festas do Sesc Arcoverde para assistir apresentação do cordelista buiquense Paulo Tarciso


   

A terça-feira, 23 de agosto, certamente ficará para sempre na memória do cordelista Paulo Tarciso. Naquela noite, o artista que já levou sua arte para várias partes do nosso Estado e até já ultrapassou as nossas fronteiras, não escondeu a emoção e revelou que se apresentar no Sesc Arcoverde, era a realização de um grande sonho. E não era pra menos. O público compareceu em massa e o salão de festas do Sesc Arcoverde ficou pequeno. Além de professores, alunos, advogados, juiz de direito e empresários, pessoas de vários outros segmentos sociais prestigiaram a apresentação do cordelista.
Durante uma hora e meia, Paulo mostrou aos arcoverdenses toda a genialidade e a beleza de um ofício que não se aprende em escola. Para muitos, é um dom que Deus dá. Acompanhado por músicos 100% buiquenses, o cordelista cantou, contou causos e recitou alguns dos principais cordéis de sua vasta coleção. O público, é claro, se divertiu bastante e muitos conheceram mais uma manifestação da nossa vasta cultura popular.


O evento foi uma realização do Sesc Arcoverde, no projeto Ações Culturais, da biblioteca José Lins do Rego, que teve como tema nessa  edição: “Cordel, Arte e Cultura”. As organizadoras do evento não esconderam a satisfação com o sucesso da apresentação do cordelista buiquense. Para elas, a multidão que compareceu foi bem acima do previsto, o que geral uma grata surpresa.

Literatura de cordel é um tipo de poema popular, originalmente oral, e depois impressa em folhetos rústicos ou outra qualidade de papel, expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis, o que deu origem ao nome originado em Portugal, que tinha a tradição de pendurar folhetos em barbantes. No Nordeste do Brasil, o nome foi herdado (embora o povo chame esta manifestação de folheto), mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro poderia ou não estar exposto em barbantes. São escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola, como também fazem leituras ou declamações muito empolgadas e animadas para conquistar os possíveis compradores.

   
Com informação: Pc Cavalcanti         
Postado por: Buíque & Cia
   
   

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