Reféns da seca VIII - Buíque & Região



Desgraça, caatinga estendida de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. Assim, era a linguagem coloquial de Graciliano Ramos quando varava madrugadas traçando os cenários e os destinos dos seus personagens de Vidas Secas.

Graça se foi, a sua obra ficou eternizada, mas o chão esturricado continua mutilando vidas Nordeste adentro. O que chama a atenção da maior estiagem dos últimos 50 anos é que não é necessário, como no século passado, percorrer longas distâncias para se deparar com o drama.
A 82 km do Recife, por trás de uma serra frondosa e famosa como a das Russas, em Gravatá, a seca já mostrou sua face impiedosa. Tangido do roçado, onde perdeu tudo que plantou e não há mais o que fazer, Antônio Luis Moraes, 44 anos, se dedica agora a única empreitada que sobrou: cortar aveloz.
Árvore que veio da África, com um látex usado até para a cura do câncer, o aveloz está ocupando as bancadas dos laboratórios de São Paulo para testes de um composto que destrói as células cancerígenas. E é a um micro empresário da região que Moraes entrega, sem saber o destino da plantinha.


Em Pedra, município encravado entre o Agreste e o Sertão, a população nunca havia sofrido um colapso total no sistema de abastecimento de água como agora, provocado por quase dois anos sem chuva.
Achar um barreiro, açude ou barragem por ali com um pingo de água para matar a sede da sua gente é missão impossível.
“Seu” João Feliciano Araújo Neto está cansado de fazer um percurso diário de 4 km entre a sua roça, onde só se avista a caatinga e um cinzento que atemoriza, porque sinaliza que dias mais difíceis virão pela frente, até o chafariz público.
Com uma carroça puxada por um burro, ele leva um tonel de água para matar a sede dos animais que ainda resistem.
“O pior da seca é que ela vai matando a gente aos poucos. Os animais, ela mata de vez, porque bicho tem que tomar muita água e comer muito para ruminar”, diz o velho resistente, contextualizando uma situação que é predominante na Pedra, como assim definem os moradores a sua cidade.


Maria Delfina Alves cansou de sofrer a procura de emprego no Espírito Santo e resolveu pousar em Lajedo, um dos santuários do melhor queijo que se produz no Nordeste. Lá, não teve sorte. Bateu ponto na Prefeitura semanas seguidas, mas nem uma mão estendida apareceu.
Resultado: teve que catar lata e garrafas de plásticos pelo lixo para juntar o resultado do seu esforço num saco de lona e entregar para uma fabriqueta de reciclagem do município.
“Passei a vida inteira trabalhando na roça, mas lá no Espírito Santo também não consegui arranjar nada para sobreviver”, conta, emocionada, sem conter as lágrimas, apontando para a filharada encontrada num barraco improvisado na estrada que liga Lajedo a Garanhuns.
Delfina vive praticamente de esmolar. “Isso aqui só rende a gente uns R$ 40 por semana”, revela. No seu barraco, os quatro filhos, o neto e a nora dormem no chão, porque ninguém da cidade apareceu por ali para doar sequer um colhão ou um cobertor. Leva, assim, uma vida de cão.
“Se pelo menos chovesse, a gente tinha emprego na certa nas roças”, lamenta. Já rumo ao Sertão de Verdejante, onde não se avista mais o verde, banido pelo sol de 40 graus, que expulsou dali até preá, Manoel Afonso de Lima, 53 anos, mostra disposição para resistir.


Ele é pastor de suas ovelhas e caprinos, animais rústicos, que se adequam com mais facilidades aos rigores fenomenais da seca. Por dia, ele anda léguas tiranas para encontrar comida para os animais.
“Bode come tudo, até lixo”, diz, resignado. O que tem salvado Afonso é uma linha de crédito aberta pelo Governo Federal para financiar ração.
Criadores de caprinos podem receber empréstimos até de R$ 12 mil. “Para o gado, que come muito e as despesas de ração são grandes, isso não é nada, mas para nós, criadores de bodes e ovelhas, foi um presente de nossa mãe Dilma, porque teremos 10 anos para pagar, além de uma carência de três anos”, abre o jogo.


A situação exposta pelo domador de ovelhas de Verdejante bate com a realidade. Em Venturosa, berço da bacia leiteira do Agreste Meridional, Nenem de Lívio, 42 anos, não recorreu aos bancos para financiar a ração do seu gado porque está endividado.
Para evitar, no entanto, a dizimação do seu rebanho ele tem recorrido à palha de cana, procedente das usinas da Zona da Mata.
Sua rotina é procurar preço mais barato na feira de Venturosa, onde os caminhões carregados de palha e também de cana fazem ponto de comercialização.
“Uma carrada não sai por menos de R$ 900”, revela Nenem, adiantando que com o agravamento da estiagem o preço chegou a subir para R$ 1,2 mil.
“E tem muita gente que ainda paga, para não ver o gado morrer na fazenda”, diz. Em Venturosa, pecuarista que não ceder a exploração tamanha só tem mais uma saída: mandar o gado para Alagoas, Estado vizinho, onde ainda se acha um preço razoável.
Lá, diferente de Pernambuco, ainda há pasto nas fazendas e tem muita gente locando suas terras para grandes pecuaristas pernambucanos.


Um Buíque, também integrante da bacia leiteira do Agreste, Pedro Francisco da Silva, 33 anos, leva para o gado o último lote de uma palma seca que encontrou numa fazenda distante, a 22 km de onde mora.
A palma é um dos melhores alimentos para o gado, porque é um energético. “Sem palma, o jeito agora é comprar palha de cana, mesmo sabendo que é uma exploração”, lamenta.
Ele diz que só não largou a dura tarefa de cuidar das 10 cabeças de gado do senhor Florentino, para quem trabalha, porque não há outro modo de sobreviver.
“Já cheguei a pensar em ir embora para São Paulo, mas com 33 anos dizem que estou velho, que não arranjo mais emprego por lá. Isso é um país sem-vergonha”, ataca.
A imagem da agonia de Pedro parte o coração. Só resta a ele como saída, para continuar alimentando o gado, acordar cedo, colher mandacaru, fazer uma fogueira e queimar os espinhos antes de picar a planta e distribuir para o rebanho.
Se não o gado que toma conta vai morrer igual ao alazão do velho mestre Gonzagão, seu ídolo, cuja família lá em Exu também pena com os efeitos da maior seca dos últimos 50 anos.

Em Breve a cidade de Buíque ganha prédio modelo do INSS


Buíque: A população que depende dos serviços públicos prestados pelo INSS, em breve poderá sonhar aliviada, e não será mais necessário se deslocar para vizinha Arcoverde e enfrentar longas filas para serem atendidos. Na ultima segunda-feira, (12), começaram os serviços de construção de mais um novo posto de atendimento, uma agência será construída num terreno de 700m2 doado pela prefeitura através do Projeto de Lei, 224/2009. A  construção do prédio que abrigará a agência estar programada para uma duração de oito meses contando a data de inicio e  local  escolhido foi na Travessa Coronel Antônio Cavalcanti defronte a feira livre.
Segundo um funcionário da Construtora Carajás de inicio 18 operários vindos remanejados e outros canteiros da empresa iniciarão as obras, mas diante das necessidades possivelmente outros serão contratados conforme determinação do engenheiro responsável pela obra. Este prédio da agência do INSS em Buíque será um marco no desenvolvimento da cidade o que tronará mais ágil a vida daqueles que necessitam de dar uma entrada em sua aposentadoria, fazer uma revisão ou até mesmo outros necessários.

CONGRESSO ESTADUAL DE VEREADORES (AS) E SERVIDORES DE CÂMARAS E PREFEITURAS MUNICIPAIS



Pesqueira/PE, 22 a 24 de novembro de 2012


Local: Auditório Hotel Estação Cruzeiro
Praça Manuel Caetano de Brito, 50 - Pitanga/ Pesqueira - Fone: (87) 3835-8650
WWW.hotelcruzeiro.com.br

Público alvo: Vereadores, Vereadores Eleito para Primeiro Mandato, Assessores e Servidores de Câmaras e Prefeituras Municipais

PROGRAMAÇÃO:

22 de novembro de 2012 - Quinta-feira
16h00: Início das inscrições e entrega de material

23 de novembro de 2012 - Sexta-feira
09h30min - SOLENIDADE DE ABERTURA
Vereador Severino Barbosa de Farias Filho - presidente da UVP
Vereador Álvaro Evandro de Macedo Júnior - Presidente da Câmara Municipal de Pesqueira
Cleide Maria de Souza Oliveira - Prefeita de Pesqueira
Lideranças Estadual e Federal

PLENÁRIAS:
10h15min - A importância da entidade representativa do Poder Legislativo Municipal - UVP: serviços, ações, projetos e lutas em favor do Vereador.
10h30min - Pacto Federativo: importância e papel dos Municípios.
11h15min - Debates
12h00- Intervalo para almoço

PLENÁRIAS:
14h30min - Transição de Governo nos Municípios e Desafios das Câmaras e Prefeituras em final de mandato.
15h15min - Debates
15h45min - Subsídios dos Vereadores (PEC 35/2012 que extingue os subsídios dos Vereadores nos Municípios com 50 mil habitantes).
16h30min - Debates
17h00 - Encerramento

24 de novembro de 2012 - Sábado
PLENÁRIA:
10H00 - Desafios do Mandato do Vereador: fiscalização, proposição de leis, assessoramento, capacitação e relações com a mídia.
11h00 - Debates
12h00 - Sorteios de prêmios entre participantes inscritos.

Investimento (por participante)
Vereadores (as) de Câmaras afiliadas - R$ 250,00
Vereadores (as) de Câmaras não-afiliadas - R$ 350,00
Servidores (as) de Câmaras e Prefeituras - R$ 200,00
Vereadores Eleitos para Primeiro Mandato - R$  50,00

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:
UVP - (81) 3228-6465
DEPÓSITO / BANCO DO BRASIL
União dos Vereadores de Pernambuco
Ag: 2739-1   CC: 8232-5 * Depósito Identificado

CONFIRMAR INSCRIÇÕES:
Fax: (81) 3228-6465
neliauvp@yahoo.com.br

Sugestões de Hotéis
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Busca por soluções à crise financeira leva centenas de prefeitos a Brasília


Agência CNM

Agência LARHá pouco mais de um mês da última mobilização em Brasília, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) convocou os prefeitos brasileiros para mais um encontro. E eles vieram em considerável número ao auditório Petrônio Portela, do Senado, para ouvir a resposta do governo Dilma ao documento entregue dia 10 de outubro com um conjunto de reivindicações e reforçar a campanha 'Sanciona, Dilma!' Os gestores querem a sanção do projeto de redistribuição dos royalties aprovado no dia 6, na Câmara dos Deputados.
Além da fortalecer a campanha, eles esperam da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, uma resposta positiva para "desafogar as contas municipais". A representante do governo recebeu no dia 10 de outubro, uma carta com as reivindicações dos prefeitos, entre elas a restituição do que foi perdido do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Este ano, o Fundo apresentou redução significativa por conta das isonerações do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) concedidas pelo governo federal.
"Espero que a presidente Dilma tenha tenha a sensibilidade. Esperamos um anúncio satisfatório hoje a tarde", disse o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, que mais uma vez conduz a mobilização. Ziulkoski fez essa afrimação, porque às 15 horas será recebido, junto com uma comitiva de dirigentes municipais, pela ministra Ideli, no Palácio do Planalto.
ParlamentaresAgência LAR/CNMAo longo de toda manhã, deputados e senadores foram até o auditório prestigiar a mobilização e manifestar o apoio à campanha, onde os prefeitos pedem a sanção sem vetos da nova distribuição dos royalties. Entre os congressistas, estiveram o autor e relator do projeto no Senado, senadores Wellington Dias (PT-PI) e Vital do Rego (PMDB-PB).
Para o senador Waldenir Moka (PMDB-MS), o governo federal deveria editar uma Medida Provisória (MP) para atender os gestores com dificuldades para fecharem as contas. "Que seja feita uma MP para salvar os Municípios".
Em relação aos royalties, o lider da bancada do PTB, deputado Silvio Costa, acredita que se a presidente Dilma vetar, os prefeitos têm força suficiente para derrubar o veto. "Essa luta é de mais de 5 mil Municípios", acrescentou.
Os senadores Walter Pinheiro (PT-BA) e Álvaro Dias (PSDB-PR) parabenizaram a união dos prefeitos e a capacidade de se mobilizarem. "É assim que conseguiremos a sanção do projeto como está", assegura Pinheiro. "Este ano o governo fez cortesia com o chapéu dos prefeitos de forma exagerada", lamentou Álvaro Dias.
Audiência com presidente SarneyLogo na abertura da mobilização, Paulo Ziulkoski pediu aos senadores presentes que intercedessem pelos Municípios por uma reunião com o presidente do Senado Federal, José Sarney (PMDB-AP). O pedido foi prontamente atendido e o senador receberá Ziulkoski às 17 horas. Ele deve falar sobre a crise para buscar saída junto ao Congresso Nacional. "O Apoio Financeiro que veio em 2009 era para novos prefeitos, hoje a situação é mais grave por causa do final de mandato. Precisamos de ajuda do Congresso", explicou.
O presidente da CNM aproveitou a ocasião para agradecer aos parlamentares pela votação histórica dos royalties que levou à aprovação do projeto defendido pela entidade, em prol da maioria dos Estados e Municípios.

SERTÃO // Sertanejos castigados pela seca sofrem com atraso na instalação de cisternas



Imagem: TV Jornal
O Programa de Instalação de Cisternas no Semiárido do Nordeste está deixando muitos agricultores indignados no interior de Pernambuco. Em plena seca, moradores dos municípios de Serrita, Solidão, Exu e Floresta, no Sertão do Estado, sofrem com a demora para entrega das cisternas que estão armazenadas em terrenos na região.

A Coordenação do Programa Água para Todos, administrado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf),  informou que as cisternas ainda não começaram a ser instaladas em Floresta porque a equipe responsável pelo trabalho ainda está concluindo as atividades na cidade de Cabrobó. Se nenhum atraso ocorrer, as instalações começarão na próxima terça-feira (20).

No município de Exu, os técnicos estão dando continuidade aos trabalhos que começaram na semana passada, para  identificar onde há necessidade de instalar as  cisternas. A expectativa é que elas comecem a ser instaladas no dia 26. Em Solidão, a previsão é de que os trabalhos comecem na primeira quinzena de dezembro. Atualmente, já foram instaladas 14 mil cisternas em todo o Estado. A previsão é de que sejam instaladas 23 mil até o próximo mês.



Fonte: Tv Jornal
Por: Buíque & Cia

Alex Alves, ex-Palmeiras e Cruzeiro, morre no interior de São Paulo


Alex Alves no Cruzeiro; jogador é lembrado pela ginga de capoeira nas comemorações
Morreu, na manhã desta quarta-feira, o ex-atacante Alex Alves, de 37 anos, que passou com sucesso por equipes como Vitória, Palmeiras e Cruzeiro. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do hospital Amaral Carvalho, de Jaú, onde ele estava internado há alguns meses para tratar uma leucemia. Alex Alves deixa uma filha, fruto do relacionamento dele com a empresária Nádia França. 


O hospital não confirmou se a doença na medula foi a causa da morte do jogador, que estava acompanhado da irmã e havia proibido a instituição, os familiares e os amigos mais próximos de divulgarem seu estado de saúde.
Em outubro, em entrevista ao UOL Esporte, a ex-mulher de Alex Alves revelou que ele estava tratando uma leucemia e que havia sido submetido a um transplante de medula óssea (leia a matéria completa aqui). Com dificuldades financeiras desde o fim de sua carreira como jogador, ele teria recorrido à ajuda de amigos para conseguir pagar o tratamento no hospital, um dos maiores centros de oncologia do país. 
A equipe médica que tratou Alex Alves deve conversar ainda hoje com a família para decidir se divulgará o que aconteceu com o jogador. Não há nenhuma informação sobre o que será feito com o corpo, que ainda não foi liberado. Acredita-se, no entanto, que ele seja levado à Bahia, onde terra natal do ex-atacante e de toda a sua família. 
Alex Alves estava longe dos gramados desde 2010. Há cinco anos, no entanto, ele convivia com a doença e também sofria com o fim da carreira, com problemas de peso e financeiros. 

TOME UMA ATITUDE CONTRA O MOSQUITO

CONFIRA FOTOGRAFIAS DE UMA DAS SETE MARAVILHAS DE PERNAMBUCO