Por solicitação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o matadouro público de Sanharó, no Agreste, foi interditado por técnicos da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro). No local, foram encontradas diversas irregularidades, entre as mais graves, de acordo com o promotor de Justiça Henrique Ramos Rodrigues, estão a inexistência da caldeira e a falta de fossa para depósito dos dejetos, que estavam sendo despejados no Rio Ipojuca.
“A tendência é que o abate seja transferido para os matadouros de Pesqueira ou de Belo Jardim, cidades próximas a Sanharó”, explicou Henrique Ramos. Apesar de o prefeito ter demostrado interesse em reformar o local, o promotor de Justiça advertiu que a restauração do matadouro só será autorizada caso os técnicos da Adagro indiquem a viabilidade da obra. Há dois meses, eles se posicionaram contra pelo fato de o prédio estar localizado dentro da cidade. Indicaram a construção de outro fora do perímetro urbano, como manda as normas ambientais e sanitárias.
O representante do MPPE havia emitido recomendação, no final de agosto, para a Adagro, as Secretarias de Saúde e de Agricultura e ao gerente da Vigilância Sanitária de Sanharó solicitando a interdição do matadouro. De acordo com o relatório da Adagro, além do local não ter condições de funcionamento, o estabelecimento estava fora dos padrões exigidos pela legislação, fato que poderia comprometer a saúde dos consumidores.
O representante do MPPE informou ainda que solicitou aos responsáveis pela Vigilância Sanitária a fiscalização do local para evitar abates clandestinos e prevenir o comércio de carnes que não estejam dentro das normas sanitárias.