Sua série intitulada “Buíque Babilônia” não se trata de matéria jornalista. Tem o intuito apenas de dividir as pessoas, passar informações eivadas de inverdades e mexer com a esperança de dezenas de famílias. Você não tem o direito de destruir os sonhos das pessoas ao jogar no ar, sem nenhum tipo de fundamentação, informações mirabolantes, confundindo as pessoas, principalmente os mais pobres e menos esclarecidos.
É o próprio conteúdo de sua postagem que é Babilônico, ou seja, em referência a antiga Suméria, uma enorme confusão.
Também sou Assistente Social e como profissional tenho acompanhado de perto o processo de cadastramento das famílias e vou mostrar ponto por ponto, que sua publicação é um equivoco e que se não for desmentido, irá atrapalhar o atendimento no CRAS. Ao invés de continuar a adiantar a documentação do povo, terei de ficar desmentido boatos, nascidos através de sua malsinada nota, caso você próprio não a desminta.
Meu celular é o seguinte 87.9.9946.0041 e estou a sua disposição para lhe mostrar os procedimentos que foram e que estão sendo tomados. Infelizmente você pecou por publicar essa matéria sem ouvir os outros atores envolvidos. Me procure que será bem atendido.
Pois bem:
a) É MENTIROSA a informação de que as casas do Programa Minha Casa, Minha Vida serão entregues apenas no ano que vem. Esse boato que você espalha é o que contribui para atrasar o atendimento e prejudicar as famílias.
b) As casas não estão 100% prontas. Os materiais que são usados são fiscalizados com os entes envolvidos, bem como todo o processo de qualidade da construção. Inclusive foram retirados todos os vidros, para serem colocados outros, mediante vistoria na obra. A informação de que as casas estão 100% prontas também é MENTIROSA.
c) As casas não foram saqueadas. Aquele que invadir será desligado do cadastro e perderá o direito de assumir o imóvel. As casas estão sob a responsabilidade da construtora e não da Prefeitura. Falar em saques é também uma informação MENTIROSA.
d) Quem apedreja os vidros são normalmente os jovens.Quer contribuir? Seja ancora de um programa na rádio em que você trabalha para ensinar cidadania aos que não tem. Me refiro a poucas pessoas, é claro.
e) Quando ouvir populares, lembre-se de checar os órgãos envolvidos no projeto. Não se deixe levar, pelas mentiras que lhe contam. As palavras tem força e podem aranhar pessoas e instituições. Não podemos ser injustos. Lesões a imagens de pessoas ou instituições podem resultar em reações e consequências jurídicas graves para os ofensores.
f) As famílias que receberão as moradias, serão acompanhadas por quase um ano, através de um projeto técnico social, orientando-as sobre hábitos sociais, organização comunitária, profissionalização e educação.
g) Alguns cadastros realmente não foram aprovados e tiveram de ser refeitos.
O erro não foi da municipalidade, mas de alguns moradores, que omitem renda, fornecem declarações conflitantes no Cadúnico e com o SITAH – Sistema de Tratamento de Arquivos Habitacionais que é da Caixa Econômica Federal e não da Prefeitura. Outros candidatos, tinham renda acima da permitida ou já eram proprietários de imóveis e se cadastraram para tentar burlar as regras. Tivemos o cuidado de visitar casa por casa, para tirar dos candidatos, aqueles quem não precisavam ser contemplados pelo programa e sim priorizar famílias, de acordo com as normativas federais, priorizando aqueles que estão em risco de vulnerabilidade social, que moram de aluguel, mulheres chefes de família, deficientes físicos e mentais e idosos. Destaco ainda que tivemos muitos problemas com mulheres inscritas, que são casadas no civil com cônjuge que está no sul, mas são de fatos separados há anos. Casos desse tipo, por exemplo, necessita que o CRAS procure certidões de cartório, buscas, dados de processos, preenchimento de declarações e alterações de registros e de sistemas, que independem de nossa vontade. O que fazer com uma beneficiária que é casada no civil, mas se separou do marido ausente há 10 ou 20 anos, já que a Caixa pede a assinatura do marido? Não casos assim, que atrapalham a celeridade do projeto.
h) Em relação a apropriação indevida de terrenos, destaco que não cabe a mim, como assistente social, fazer esse tipo de fiscalização. Nem sei de quem são, pois não tive acesso a nenhuma certidão de propriedade de imóvel. Mas, como você já sabe das invasões, faça um ato de cidadania, entregue os nomes dos invasores para prefeitura e mostre quem são.
i) Por fim, fico constrangido com um colega da imprensa publicar: “aproveite a oportunidade e corra para demarcar o seu chão”. É absurdo você, profissional de uma emissora tão importante para cidade, estimular a invasão de terrenos “públicos(?). Fico sem comentários. Reflita antes de instigar as massas para esse tipo de prática, pois lembro-se de uma confusão que uma jornalista do SBT se meteu por apologia a ilegalidade. Lembre-se: “A liberdade de comunicação não é absoluta”.
j) Para refletir, fique o com texto abaixo, ele é muito interessante:
Estou a disposição para discutirmos e encontrarmos juntos soluções para os problemas de Buíque.
Aos demais, se gostaram do texto, curtam e compartilhem.
Grato,
Roberto Cavalcanti
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MATÉRIA DE LAELSON BONY
Série Buíque Babilônia:
INVASÃO DE TERRENOS EM BUÍQUE
Todos nós conhecemos o Programa Minha Casa, Minha Vida do Governo Federal em parceria ativa da Caixa Econômica.
Até o momento centenas de famílias estão aguardando a entrega das referidas casas que por incrível que pareça, vai se arrastar até o ano que vem.
As informações dão conta de que as casas já estão prontas, mas algo no cadastro de algumas famílias deu errado e alguns não poderã receber suas respectivas.
Fomos informados por populares que algumas casas do referido programa estão sendo saqueadas e que outras possuem vidraças quebradas pois foram apedrejadas e/ou coisa do tipo.
Alí perto, no entorno e para sermos mais exatos, logo depois do Conjunto Habitacional Roberto Marinho está segundo os moradores do local, acontecendo uma corrida para apropriação de terrenos em ritmo acelerado pois já existe uma casa construída, terrenos demarcados, alicerces construídos e tudo em rítmo acelerado mesmo como mostram as fotos que nossos leitores nos enviaram no final da tarde desta quinta-feira.
Se não há uma fiscalização por parte da Prefeitura, sabendo-se que tais terrenos pertencem ao município, cada qual que queira e não possui casa própria ou terreno para construir, aproveite a oportunidade e corra para demarcar o seu chão.