Novo Quadro - Buíque & Cia HISTÓRIAS - Jararaca - O infeliz cangaceiro nascido na cidade de Buíque

Por: José Mendes Pereira

Se chamava José Leite, tinha 27 anos e nasceu no dia 5 de maio em Buíque, Pernambuco. Sujeito moreno, muito moreno, mas não era negro. Era solteiro e andava com Lampião há um ano e alguns meses. Ele tinha um fuzil mauser e cartucheiras de duas camadas, mais 560 mil réis no bolso e uma caixinha com obras de ouro no valor de 1 conto de réis.


           A história sobre a tentativa de invasão a maior cidade Potiguar, "Mossoró", no dia 13 de Junho de 1927, pelo ainda não tão famoso, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, foi contada por vários escritores, pesquisadores e historiadores do nordeste brasileiro.

Bando de Lampião
Foto do Blog: "Tok de História"

            Apesar de ter sido considerado como grande estrategista, quando dominava o seu respeitado bando de cangaceiros, mas mesmo assim Lampião bobeou, em mandar um bilhete para o então prefeito Rodolfo Fernandes, comunicando-lhe a sua entrada em Mossoró. Se ele tivesse entrado sem comunicar que estava disposto a fazer a invasão à cidade, teria levado o que ele mais desejava: dinheiro, ouro...

 
Prefeito de Mossoró

           Como não chegou as suas mãos confirmação da quantia solicitada, ao meio dia e meia Lampião escreveu o segundo bilhete. Novamente incumbiu o capanga para que o levasse até a casa do prefeito. E desta vez já com ameaças, caso não lhe fosse atendido o segundo bilhete, não demoraria fazer a invasão, e não se responsabilizaria pelos estragos.

Foto do Palácio da Resistência em Mossoró

            Mas Rodolfo Fernandes amante de Mossoró e zeloso com a sua patente de "coronel", achando que Lampião era quem deveria fazer continência ao passar por ele, já que era apenas capitão, e vendo que o bandido estava disposto a bagunçar a sua amada cidade, disse que não enviaria quantia nenhuma para bandidos, principalmente Lampião que levava a vida roubando dos outros.
            Não arriscaria afirmar que ele não levava as minguadas reservas da  Prefeitura, mas não pensasse que ele iria ficar nas esquinas de braços cruzados, só olhando ele colocar em seu bornal o que não era seu, ou entregar o ouro na bandeja aos bandidos.
           Como não foi enviado a quantia solicitada, Lampião e seu bando deram início ao combate, vingando o desrespeito do prefeito, por não atender a sua solicitação.

O cangaceiro Jararaca

            Como o prefeito  estava preparado para defender a cidade, vendo que não teria sucesso no combate, Lampião se considerou vencido, saindo às carreiras em busca do Estado do Ceará, deixando para trás o cangaceiro Colchete, já morto, e o afamado Jararaca baleado, que se perdera do seu bando.
             No dia seguinte, Jararaca foi preso e levado para a cadeia pública de Mossoró, que não levando sorte, foi covardemente assassinado pelas autoridades.
  
 José Mendes Pereira


Como morre um cangaceiro

           Antes de ser executado, Jararaca riu com as lembranças de sua vida ao lado de Lampião
Leia o que disse  Xico Sá, sobre o que escreveu o jornalista Lauro da Escóssia, na entrevista que fez com o cangaceiro Jararaca


              Um dia depois do combate, quando o povo de Mossoró ainda temia o possível retorno de Lampião sequioso por vingança, um dos principais cangaceiros do bando, Jararaca, foi capturado se arrastando por um matagal. O que se deu a seguir foi um roteiro tragicômico, conforme a narrativa de Lauro da Escóssia, então repórter do jornal O Mossoroense.       
             O nome do pernambucano Jararaca era José Leite de Santana. Ele tinha apenas 22 anos  nos registros policiais, contudo, aparece com 26. Mesmo com um rombo de bala no peito, conseguiu gargalhar durante uma entrevista na cadeia.
            O cabra de Lampião dizia que era por causa das lembranças divertidas do cangaço. Entre as memórias que ouviu do preso, Lauro da Escóssia descreve o dia em que Lampião teria invadido a festa de casamento de um inimigo e, com seu próprio punhal, sangrado o noivo. Já a noiva teria sido estuprada na caatinga pelos cabras do bando.
             Segundo o relato de Jararaca, Virgulino também ordenou que os convidados de um baile tirassem as roupas e dançassem um xaxado completamente nus.


            Vera Ferreira, neta de Lampião, que hoje cuida das memórias do avô em Aracaju, Sergipe, vê muito folclore nesse tipo de história. Nega, a partir das suas pesquisas, que o cangaceiro tenha ordenado ou praticado estupros (ela é co-autora do livro independente De Virgolino a Lampião, que escreveu com o pesquisador Amaury Corrêa, dono de um dos maiores acervos sobre o rei do cangaço, em São Paulo).

Antonio Amaury

           Fato é que, na cadeia, Jararaca virou atração pública na cidade potiguar. Quando já apresentava alguma melhora do ferimento, mesmo sem ser medicado, ouviu que seria transferido para a capital, Natal. Era mentira.
           Alta noite, da quinta para a sexta-feira, levaram Jararaca para o cemitério, onde já estava aberta sua cova, relata Escóssia. Pressentindo a armação, Jararaca diz: "Sei que vou morrer. Vão ver como morre umcangaceiro!".

Capitão Abdon Nunes

            O capitão Abdon Nunes, que comandava a polícia em Mossoró, relatou dias depois os momentos finais do capanga de Lampião: "Foi-lhe dada uma coronhada e uma punhalada mortal. O bandido deu um grande urro e caiu na cova, empurrado. Os soldados cobriram-lhe o corpo com areia".
             Pelas circunstâncias da morte, o túmulo de Jararaca virou local de romaria. Até hoje as pessoas rezam e fazem promessas com pedidos aocangaceiro executado. Na terra do Sol, Deus e o Diabo ainda andam juntos.

Túmulo do cangaceiro Jararaca
Foto do acervo Ivanildo Alves da Silveira
           Mas me parece que o cangaceiro Jararaca está perdendo a sua santidade. Como eu sou um cativo visitante daquele túmulo, não tenho visto mais velas acesas e nem tão pouco, restos de parafinas.
            Não é de se admirar, nos dois últimos anos foram sepultados dentro da capela de São Sebastião, no próprio Cemitério onde estar o Jararaca, duas grandes ovelhas de Deus, o Monsenhor Américo Vespúcio Simonetti, que dirigia a Diocese de Mossoró, e as três emissoras, "Rural". 

Monsenhor Américo Vespúcio Simonetti
Ex-diretor da Diocese de Mossoró

           Também foi sepultado nela, o Padre Guido, pároco da Igreja de São José, e diretor do Abrigo Diamantino Câmara.

Padre Guido
Ex-pároco da Igreja de São José

           Eu acredito que por ele ter visto a chegada destas duas ovelhas de Deus, anda se escondendo dos fiéis, para que eles não descubram a sua falsa santidade.

Polícia prende dois 'alvos prioritários' da lista de procurados de Pernambuco

Presos são suspeitos de praticar vários homicídios em PE (Foto: Divulgação/ Ciosac)Presos são suspeitos de praticar vários homicídios
em Pernambuco (Foto: Divulgação/ Ciosac)

Suspeitos foram localizados na BR-423 em Cachoeirinha, no Agreste.
De acordo com a Ciosac, presos são suspeitos de vários homicídios.

Dois 'alvos prioritários' da lista de procurados de Pernambuco foram presos pela Companhia Independente de Operações e Sobrevivência em Área de Caatinga (Ciosac) em Cachoerinha, no Agreste do estado. Segundo o capitão Guilherme Bispo, chefe da Seção de Comunicação da companhia, prisões aconteceram após denúncia anônima recebida pela central de informações da Ciosac.
De acordo com o capitão Guilherme Bispo, foram presos Valbem Correia de Lima, de 40 anos, e Luciene Nogueira dos Prazeres, de 37 anos. Os dois são suspeitos de praticar vários homicídios na cidade de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. "Os dois haviam saído da cidade de Feira de Santana, na Bahia, com destino à cidade de Vitória de Santo Antão. A equipe identificou o carro e realizou a abordagem. Não houve resistência e nenhum material foi apreendido com os suspeitos", afirma.
Segundo a Ciosac, contra Valbem Correia de Lima constam em aberto quatro mandados de prisão por homicídio e contra Luciene Nogueira dos Prazeres, sua esposa, existem três mandados de prisão em aberto também por homícidio.

Os suspeitos foram ouvidos na delegacia seccional de Belo Jardim, no Agreste. Valbem Correia de Lima será encaminhado para o Presídio Desembargador Augusto Duque emPesqueira e Luciene Nogueira dos Prazeres será levada para a Colônia Penal Feminina deBuíque, ainda no Agreste.

VEREADORES BRIGAM DURANTE SESSÃO E TERMINAM SEM SALÁRIOS



Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, através de sua Mesa Diretora vem a público lamentar o fato ocorrido na noite desta terça (08) durante a 10ª reunião ordinária onde os vereadores Deomedes Alves de Brito e José Bezerra da Costa quebraram o decoro parlamentar se agredindo verbalmente com palavras de baixo calão que não condizem com a postura de representantes do povo.
Por isso, a Mesa Diretora resolve suspender por 30 dias, através de Portaria nº 068/2013, publicada nesta data, sem percepção de qualquer remuneração.

Esperamos que tal medida sirva de exemplo para todos os vereadores, que a população continue acreditando e prestigiando os trabalhos desenvolvidos pela atual Mesa Diretora e que fatos dessa natureza não venham a ser repetidos no ambiente interno da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe.

+ NOTA DE FALECIMENTO +

Os filhos Tota, Neném, Zaneide, Mera, Edivaldo, Rosineide, Maria de Lourdes, Geraldo, João Gordim, noras, netos e bisnetos. Cumprem o doloroso dever de comunicar aos parentes e amigos, o falecimento do Sr. Joaquim Felix dos Santos, mais conhecido por (Seu Joaquim do Cigano). O corpo do mesmo está sendo velado em sua residência, no sitio Cigano, zona rural de Buíque, o sepultamento será realizada hoje, 09/10 às 17:00hs, no cemitério da cidade de Arcoverde.

Desde já, a família enlutada agradece o comparecimento de todos a este ato de fé solidariedade humana. Noticiamos os falecimento de  Joaquim Felix dos Santos, mais conhecido por (Sr. Joaquim).

TOME UMA ATITUDE CONTRA O MOSQUITO

CONFIRA FOTOGRAFIAS DE UMA DAS SETE MARAVILHAS DE PERNAMBUCO