Índios de Aguas Belas fecham rodovia no Agreste de PE para cobrar indenização do Dnit


Cerca de 150 índios da tribo Fulni-ô interditaram, nesta quinta-feira (4), a BR-423, em Águas Belas, no Agreste do Estado, para cobrar ações mais efetivas de combate à seca e o pagamento de indenizações por desapropriações de terra feitas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A rodovia está bloqueada na altura do quilômetro 180, após a entrada do município. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o engarrafamento chega a 10 quilômetros nos dois sentidos da BR.

Ainda de acordo com os agentes da PRF, os índios afirmaram que só vão liberar a rodovia após a chegada de um funcionário do Dnit. No entanto, até o início da noite desta quarta, nenhum representante do órgão havia aparecido no local. Os manifestantes só permitem a passagem de ambulâncias, carros-pipa, caminhões com carga perecível e veículos transportando crianças ou idosos.

Em nota, o Dnit informou que a BR-423 foi implantada em 1970, época em que não havia legislação de licenciamento ambiental. Conforme o departamento, a demarcação da terra indígena Fulni-Ô ocorreu em 1985; e somente em 2002 foi aberto procedimento para revisão de seus limites.

“A pavimentação da BR-423 ocorreu em 1974 e agora, mais de 35 anos depois, é que a população indígena pleiteia indenização em face da implantação da rodovia. O Dnit fez uma avaliação técnica da questão e concluiu pela inviabilidade do pleito, com o que concorda, também, a Procuradoria Federal Especializada no Dnit”, diz um dos trechos do comunicado.

O órgão ainda destaca que “políticas públicas são ações desencadeadas pelo Estado com vistas ao atendimento de setores da sociedade civil, e não se confundem com licenciamento. O pedido da comunidade Fulni-Ô é muito mais um resgate de dívida de política pública do que um componente de licenciamento. O assunto, por si só, extrapola as competências do Dnit, ao qual não cabe utilizar recursos destinados à infraestrutura para atendimento de pleitos desta natureza.”

Produtores de leite do Agreste de PE protestam pela perda dos rebanhos


Trabalhadores rurais da região cobraram mais apoio do governo do estado.
Eles tiveram encontro, nesta quinta (4), com o secretário de Agricultura.

Produtores de leite do Agreste do Estado protestaram, nesta quinta-feira (4), pela perda dos rebanhos em virtude da seca na região. Endividados, eles não conseguem pagar parcelas de empréstimos feitos com instituições financeiras e cobram mais ajuda do governo do estado para enfrentar a estiagem.

Em reunião realizada no município deBom Conselho, com a presença do secretário de Agricultura, Ranilson Ramos, os produtores voltaram a exigir medidas efetivas para minimizar os efeitos da seca. Eles colocaram carcaças de animais mortos e faixas de protesto em frente aso auditório. A cidade é uma das principais produtoras da bacia leiteira do estado.

O produtor rural Marcelino da Silva lamentou a situação. “Estou querendo ração e água para o gado. Tá chegando o tempo de pagar e nós não temos como pagar porque o gado morreu. Precisamos de ajuda para negociar”, afirmou.

O também produtor José Gomes pediu mais empenho do governo. “Minha produtora de leite tá zero. Eu não tenho condições de nada. Queria que o governo me emprestasse o transporte para ir a outro lugar com os animais, onde eu possa ter um sucesso. Minha vida toda foi embora nos últimos dois anos”, disse.

Durante o encontro, o clima ficou tenso e o secretário de Agricultura chegou a bater boca com um pecuarista que cobrou agilidade na entrega do milho. Sobre as dívidas bancárias, Ranilson Ramos destacou algumas medidas do governo federal, como o parcelamento e redução das dívidas em 75% para os grandes produtores e em 85%, para os pequenos.

“Nós determinamos a instalação de um polo de distribuição de cana. E a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) se comprometeu, até o dia 15 deste mês, a abrir um polo de milho. Serão entregues 430 toneladas, por semana, para ajudar os criadores na região”, garantiu o secretário de Agricultura.

Vereadores de oposição abandonam reunião em solidariedade aos professores



Os professores da rede municipal de ensino em Caruaru voltaram a protestar na Câmara de Vereadores, na reunião da ultima terça-feira dia (2), de abril. contra o novo PCC da categoria, sancionado pelo prefeito José Queiroz. O ato ganhou proporção maior do que a esperada quando o presidente da Casa, Leonardo Chaves (PSD), restringiu a entrada de manifestantes na galeria da Casa.

Apesar das reclamações, Leonardo justificou que a medida foi tomada para evitar superlotação e tumulto durante a reunião. Erguendo cartazes com fotos dos vereadores que votaram a favor do projeto, os servidores que conseguiram entrar no local viraram as costas para os vereadores enquanto eles discursavam.

A grande surpresa da mobilização ficou por conta da bancada de oposição, com direito a troca de farpas entre Eduardo Cantarelli, José Ailton e o próprio Leonardo Chaves. Outro vereador da oposição que questionou a restrição aos manifestantes foi Neto. Em seguida, 5 dos 7 vereadores oposicionistas decidiram sair da Câmara, em repúdio ao posicionamento da presidência da Casa

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