Estiagem provoca salinização no Nordeste - Reportagem do Jornal Nacional mostra a realidade na cidade de Ibimirim-PE

A longa estiagem está produzindo um efeito devastador no solo de áreas irrigadas do Nordeste, a salinização: 30% dessas áreas já foram atingidas.

Um sítio, em Ibimirim, no sertão dePernambuco, foi abandonado. O agricultor, que já plantou tomate, milho e cebola no lote irrigado, não se conforma. “Não dá para plantar mais nada. Aqui está inutilizado pra gente”, observa Marlos Robson Dávila.
A  ameaça que degrada os solos e  avança pelas terras secas do semiárido é a salinização. O resultado é devastador. A primeira impressão que a gente tem é que todo esse terreno foi coberto por uma fina camada de areia, mas olhando de perto, a gente observa que a mancha branca no chão é formada por uma concentração de sais. Esse processo de salinização acaba com a fertilidade do solo.
O chão branco é como uma sentença para a terra. A composição do solo - muito rico em minerais - e as águas subterrâneas - muito salgadas do Nordeste - ajudam a explicar o processo de salinização que se agrava com a seca severa.
O calor causa a forte evaporação que retira a água do subsolo e trás os sais até a superfície. A água dos reservatórios também evapora, deixando os sais cobrindo a terra.
“À medida que você vai diminuindo a quantidade de água, vai aumentando a concentração e, consequentemente, o teor de sal vai aumentar", explica Geilson Demétrio, professor de hidrogeologia da UFPE. 
Os pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco medem uma vez por mês a quantidade de sal de 70 poços usados para irrigação no sertão do estado e comprovaram que as águas subterrâneas têm uma concentração muito grande de sais.
“Uma água com quantidade de sais muito próximas à do mar”, relata Robertson Fontes Jr., pesquisador da UFRPE.
A recuperação de terras salinizadas custa caro e pode levar anos. Em muitos casos é inviável. A longo prazo, a salinização pode provocar um problema ambiental ainda mais grave.
“Desertificação, degradação e perda de área produtiva”, alerta Abelardo Montenegro, professor de recursos hídricos da UFRPE.
Com informações: G1/ Jornal Nacional
Postado por: Blog Buíque & Cia


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