No calor da Copa, alianças políticas são definidas em Pernambuco

O dia da abertura da Copa do Mundo do Brasil foi movimentado não apenas para jogadores e torcedores, mas também para o cenário político de Pernambuco. Enquanto o PDT divulgou uma nota afirmando que só vai anunciar nesta sexta-feira (13) quem irá apoiar, o PT do B anunciou que vai seguir ao lado da postulação do senador e pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Armando Monteiro Neto (PTB) Já o PR decidiu ficar com o ex-secretário da Fazenda, Paulo Câmara (PSB). No final da manhã desta quinta-feira (11), o PROS, que já havia decidido apoiar Armando, anunciou que mudou de ideia e irá subir no palanque socialista. Em meio a esta indecisão, o deputado federal José Augusto Maia, que dirigia o partido em Pernambuco, foi destituído pela direção nacional.

O apoio do PR à postulação de Câmara aconteceu apesar das rusgas criadas entre o deputado federal Inocêncio Oliveira (PR) e a base de apoio do governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB). Nos bastidores, o comentário é de que Inocêncio não teria sido prestigiado com nenhum cargo durante o mandato de Lyra, que assumiu o cargo no início deste ano após a saída do ex-governador Eduardo Campos (PSB) para se colocar como pré-candidato à Presidência da República.

Com o desgaste, havia a possibilidade de Inocêncio levar o PR para a candidatura de Armando. O apoio à Câmara, entretanto, foi anunciado nesta quinta e deve ser oficializado no domingo (15), durante uma convenção partidária conjunta das legendas que apoiam o PSB.

Do outro lado, a coligação de Armando Monteiro ganhou o apoio do PT do B. A adesão do partido, entretanto, não é o suficiente para compensar a perda que a saída do PROS causou ao petebista, que perdeu um minuto e seis segundos de tempo de televisão, e deve ganhar 12 segundos com a entrada do novo aliado.

Armando conta agora com PT, PSC, PRB e a Força Sindical nas eleições de outubro. Já Câmara, com o apoio do PROS e do PR, fica com 22 legendas na Frente Popular. O PDT e o PP ainda restam como indefinições para as eleições de outubro.

Fonte: Brasil 247