Das sete pessoas indiciadas pela chacina que ocorreu em fevereiro deste ano, em Poção, Agreste de Pernambuco, uma continua foragida da polícia. Welliton Silvestre dos Santos, conhecido por "Chaves", de 27 anos, é tido como um dos suspeitos de matar três conselheiros tutelares do município e uma mulher de 62 anos. Ele foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, em relação às quatro mortes, e tentativa de homicídio duplamente qualificado contra a única sobrevivente - uma menina de 3 anos.
As conclusões do inquérito foram divulgadas em duas coletivas de impresa, uma na capital e outra na Diretoria Integrada do Interior I, em Caruaru, nesta segunda-feira (20). Ainda segundo a polícia, o suspeito teria se escondido em Pinheiro (MA), após a prática do crime, ocorrido no dia 6 de fevereiro, e fugido quando soube da prisão de Égon Augusto Nunes de Oliveira, de 27 anos, também suspeito de executar o crime. A polícia deu o nome "Tutela" à operação.
As informações sobre Welliton Silvestre dos Santos podem ser repassadas para o Disque-Denúncia, pelo telefone (81) 3719-4545, no interior do estado, ou pelo (81) 3421-9595, na Região Metropolitana e Zona da Mata Norte.
"Nós queremos agora uma resposta estatal rápida", frisa Edeilson Lins Júnior, um dos promotores designados para o caso. O Ministério Público de Pernambuco tem cinco dias para encaminhar a denúncia ao Judiciário.
Disputa pela guarda
O inquérito aponta que Bernadete de Lourdes Brito Siqueira Rocha, avó paterna da criança é realmente suspeita de ser a mandante do crime. "São dois motivos: primeiro a guarda da criança, que era uma disputa muito firme entre as duas familias. E também desavenças, ameaças mútuas, inclusive agressões verbais e físicas", comenta Erick Lessa, delegado da Gerência de Controle Operacional do Interior I.
A avó paterna teria recebido a ajuda do advogado José Vicente Pereira Cardoso da Silva, de 59 anos, que foi diretor da unidade prosional de Arcoverde, para contratar os executores, também de acordo com o delegado. Até o dia do chacina, para a polícia, os conselheiros nunca haviam sofrido ameaça. "Bernadete quando tomou conhecimento dos conselheiros tutelares ordenou a execução de todos", afirma Lessa. Ela teria pago R$ 45 mil pelo crime.
Dentre as provas recolhidas, foi encontrada na casa da avó paterna uma arma e um organograma com fotos dos parentes maternos da neta, com os respectivos graus de parentesco. A polícia suspeita que ela o usaria para planejar a morte de todos.
Os outros indiciados são Leandro José da Silva, 25 anos; Orivaldo Godê de Oliveira, 49 anos, pai de Égon Augusto; e Ednaldo Afonso da Silva, 44 anos. Estes e os demais podem pegar até 210 anos de prisão, ainda segundo a corporação. O pai da criança, José Cláudio de Britto Siqueira Filho, de 32 anos, que chegou a ser preso, não foi indiciado. A investigação acredita que ele foi envolvido no crime pela própria mãe, mas não sabia de nada.
Do G1
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